sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Biografia de Machado de Assis


QUANDO TUDO ACONTECEU...

1839, 21 de junho: nascimento de Joaquim Maria Machado de Assis, filho legítimo de Francisco José de Assis (brasileiro, carioca, descendente de negros alforriados, pintor e dourador) e da lavadeira Maria Leopoldina Machado de Assis (portuguesa da ilha de São Miguel, Açores), no Morro do Livramento, Rio de Janeiro; cedo, na infância perde a mãe e a irmã única.

1856: aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional, na Rua da Guarda Velha, atual Av. 13 de Maio.

1858: o padre Antônio José da Silveira Sarmento dá-lhe aulas gratuitas; revisor de provas; auxiliar de tradutor (do francês) e colaborador em periódicos.

1859: crítico teatral.

1860: redator do Diário do Rio de Janeiro e de A Semana Ilustrada;

1861: publica uma comédia e a tradução (?) do ensaio Queda que as Mulheres têm para os Tolos.

1862: auxiliar de censura do Conservatório Dramático Brasileiro.

1864: primeiro volume de versos, Crisálidas;

1866: tradução de Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo.

1867: Cavaleiro da Ordem da Rosa.

1869: casamento (18 de novembro) com Carolina Augusta Xavier de Novais, portuguesa recém-chegada à Corte, irmã mais nova do poeta Faustino Xavier de Novais; ela, 32 anos, ele, 27; a família opusera-se em vão às núpcias, por causa da cor do noivo e, talvez, de comentários acerca da sua epilepsia).

1870: Falenas (versos) e Contos Fluminenses.

1872: Ressurreição, primeiro romance.

1873: Histórias da Meia-Noite. Primeiro oficial da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas, onde chega a diretor-geral e secretário de alguns ministros.

1874: romance A Mão e a Luva.

1875: Americanas (versos).

1876: Helena, romance.

1878: Iaiá Garcia, romance; licença para tratamento de saúde, no final do ano, em Friburgo, quando ocorre mudança profunda no seu modo de pensar, sentir e escrever — o advento da maturidade; o casal hospedou-se no Hotel Engert.

1879: Memórias Póstumas de Brás Cubas, romance.

1880: participa do tricentenário de Luiz Vaz de Camões com a comédia Tu, Só Tu, Puro Amor...

1881: atividade regular de cronista.

1882: Papéis Avulsos, contos.

1884: Histórias Sem Data.

1886: Quincas Borba, romance.

1888: celebra a Abolição da Escravatura, em préstito.

1896: Várias Histórias; fundador e presidente da Academia Brasileira de Letras.

1899: Dom Casmurro (romance) e Páginas Recolhidas (contos).

1904: Esaú e Jacó, romance; morte de Carolina (20 de outubro).

1906: Relíquias de Casa Velha (contos, crítica, peças teatrais e o soneto A Carolina).

1908: Memorial de Aires, romance. Morre em casa (Rua Cosme Velho, 18, Rio de Janeiro), às 3h20m de 29 de setembro. Sepultado no mesmo dia.

Obra

Toda a obra de Machado de Assis é de domínio público, por ter expirado o correspondente direito de autor em 1978, ao se completarem 70 anos do falecimento do autor.



Romance

  • Ressurreição, 1872
  • A mão e a luva, 1874
  • Helena, 1876
  • Iaiá Garcia, 1878
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881
  • Casa Velha, 1885
  • Quincas Borba, 1891
  • Dom Casmurro, 1899
  • Esaú e Jacó, 1904
  • Memorial de Aires, 1908

Poesia

  • Crisálidas[2], 1864
  • Falenas, 1870
  • Americanas, 1875
  • Ocidentais, 1880
  • Poesias completas, 1901

Livros de contos

  • Contos Fluminenses, 1870
  • Histórias da Meia-Noite, 1873
  • Papéis Avulsos, 1882
  • Histórias sem Data, 1884
  • Várias Histórias, 1896
  • Páginas Recolhidas, 1899
  • Relíquias da Casa Velha, 1906

Alguns contos

  • A Carteira (conto do livro Contos Fluminenses)
  • Miss Dollar (conto do livro Contos Fluminenses)
  • O Alienista (conto do livro Papéis Avulsos)
  • A Sereníssima República (conto do livro Papéis Avulsos)
  • O Segredo do Bonzo (conto do livro Papéis Avulsos)
  • Teoria do Medalhão (conto do livro Papéis Avulsos)
  • Uma Visita de Alcibíades (conto do livro Papéis Avulsos)
  • O Espelho (conto) (conto do livro Papéis Avulsos)
  • Noite de Almirante (conto do livro Histórias sem Data)
  • O Homem Célebre (conto do livro Várias Histórias)
  • Conto da Escola (conto do livro Várias Histórias)
  • Uns Braços (conto do livro Várias Histórias)
  • A Cartomante (conto do livro Várias Histórias)
  • O Enfermeiro (conto do livro Várias Histórias)
  • Trio em Lá Menor ((conto do livro Várias Histórias)
  • O Caso da Vara (conto do livro Páginas Recolhidas)
  • Missa do Galo (conto do livro Páginas Recolhidas)
  • Almas Agradecidas

Teatro

  • Hoje avental, amanhã luva, 1860
  • Queda que as mulheres têm para os tolos, 1861
  • Desencantos, 1861
  • O caminho da porta, 1863
  • O protocolo, 1863
  • Quase ministro, 1864
  • Os deuses de casaca, 1866
  • Tu, só tu, puro amor, 1880
  • Não consultes médico, 1896
  • Lição de botânica, 1906

Representações na Cultura

Machado de Assis já foi retratado como personagem no cinema, interpretado por Jaime Santos no filme "Vendaval Maravilhoso" (1949) e Ludy Montes Claros no filme "Brasília 18%" (2006). Também teve sua efígie impressa nas notas de NCz$ 1,00 (um cruzado novo; até 1989, com valor de mil cruzados) de 1987. Importantes concursos são realizados em todo mundo levando seu nome, a exemplo de Brasília que tem um significativo concurso com seu nome, realizado pelo SESC/DF.

Machado de Assis e o xadrez

Machado de Assis foi um exímio jogador de xadrez, tendo formulado problemas enxadrísticos para diversos periódicos e mesmo participado do primeiro campeonato disputado no Brasil. Em muitas de suas obras, faz menções ao jogo, como por exemplo, em Iaiá Garcia.

Machado de Assis