QUANDO TUDO ACONTECEU...
1839, 21 de junho: nascimento de Joaquim Maria Machado de Assis, filho legítimo de Francisco José de Assis (brasileiro, carioca, descendente de negros alforriados, pintor e dourador) e da lavadeira Maria Leopoldina Machado de Assis (portuguesa da ilha de São Miguel, Açores), no Morro do Livramento, Rio de Janeiro; cedo, na infância perde a mãe e a irmã única.
1856: aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional, na Rua da Guarda Velha, atual Av. 13 de Maio.
1858: o padre Antônio José da Silveira Sarmento dá-lhe aulas gratuitas; revisor de provas; auxiliar de tradutor (do francês) e colaborador em periódicos.
1859: crítico teatral.
1860: redator do Diário do Rio de Janeiro e de A Semana Ilustrada;
1861: publica uma comédia e a tradução (?) do ensaio Queda que as Mulheres têm para os Tolos.
1862: auxiliar de censura do Conservatório Dramático Brasileiro.
1864: primeiro volume de versos, Crisálidas;
1866: tradução de Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo.
1867: Cavaleiro da Ordem da Rosa.
1869: casamento (18 de novembro) com Carolina Augusta Xavier de Novais, portuguesa recém-chegada à Corte, irmã mais nova do poeta Faustino Xavier de Novais; ela, 32 anos, ele, 27; a família opusera-se em vão às núpcias, por causa da cor do noivo e, talvez, de comentários acerca da sua epilepsia).
1870: Falenas (versos) e Contos Fluminenses.
1872: Ressurreição, primeiro romance.
1873: Histórias da Meia-Noite. Primeiro oficial da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas, onde chega a diretor-geral e secretário de alguns ministros.
1874: romance A Mão e a Luva.
1875: Americanas (versos).
1876: Helena, romance.
1878: Iaiá Garcia, romance; licença para tratamento de saúde, no final do ano, em Friburgo, quando ocorre mudança profunda no seu modo de pensar, sentir e escrever — o advento da maturidade; o casal hospedou-se no Hotel Engert.
1879: Memórias Póstumas de Brás Cubas, romance.
1880: participa do tricentenário de Luiz Vaz de Camões com a comédia Tu, Só Tu, Puro Amor...
1881: atividade regular de cronista.
1882: Papéis Avulsos, contos.
1884: Histórias Sem Data.
1886: Quincas Borba, romance.
1888: celebra a Abolição da Escravatura, em préstito.
1896: Várias Histórias; fundador e presidente da Academia Brasileira de Letras.
1899: Dom Casmurro (romance) e Páginas Recolhidas (contos).
1904: Esaú e Jacó, romance; morte de Carolina (20 de outubro).
1906: Relíquias de Casa Velha (contos, crítica, peças teatrais e o soneto A Carolina).
1908: Memorial de Aires, romance. Morre em casa (Rua Cosme Velho, 18, Rio de Janeiro), às 3h20m de 29 de setembro. Sepultado no mesmo dia.